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Genji: Dawn of the Samurai

E este game do qual vou falar na estréia desta seção de "Game Reviews" foi o que se pode chamar de grata surpresa.

 

Certa tarde, meu cunhado chegou com um game para Playstation 2 que um amigo dele havia comprado. Veio todo desesperado pra testar o jogo, dizendo ser um game de samurais dos mais "fodas" que ele já tinha visto. Disse também que o amigo dele iria querer o jogo de volta em pouquíssimo tempo, portanto tinha que jogar o máximo possível.

 

Tá bom mas... o quanto era verdade este jogo ser tão "foda"?

 

Quando eu ví o game em ação... quando eu joguei um pouco dele e tudo mais... bom, fiz uma pergunta ao meu cunhado:

 

-"Quando disse mesmo que vai ter que devolver esse jogo?"

-"Amanhã." - Ele me respondeu.

-"Dá pra enrolar o cara?"

-"Pior que não..."

-"Dá pra matar ele?" - Perguntei, já alterado. Se a resposta fosse positiva, o cara não estaria mais vivo à uma hora destas.

-"Ele é um grande amigo meu. Se ele morresse, eu ficaria chateado."

 

Sem outra alternativa, levantei-me e, após rápida reflexão, bradei:

 

-"Humm... Então BORA COMPRAR O NOSSO! AGORA!!!"

 

Nem eu mesmo sabia que iria ficar tão maravilhado. Havia adorado o jogo de tal forma, que em determinado dia eu o fechei 4 VEZES SEGUIDAS - e isto só pra completar os atributos dos dois personagens jogáveis e colecionar todos os ítens.

 

Agora, a pouco tempo, escrevi esta resenha como parte de uma série de textos necessários para se tentar uma vaga em uma grande softhouse americana, e portanto, nada melhor que eu comece esta seção com esta resenha, a qual trabalhei exaustivamente para ficasse o mais profissional possível.

 

Esta maneira de se revisar um game pode acabar ficando um pouco (ou muito) diferente dos outros reviews que eu fizer aqui para o site (imagine-se perguntado sobre seus gostos por um amigo. Agora imagine que a mesma pergunta tenha partido de um entrevistador da empresa onde você está procurando emprego - as respostas seriam as mesmas?). Pode ter uma visão mais séria e sisuda do que o meu habitual bom-humor. Mas confie em mim: o artigo está muito bacana e vai lhe trazer tudo o que você precisa saber para que, como eu, você também fique ansioso por jogar este game genial!!!

 

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Lançado em 2005 pela Game Republic para Playstation 2Genji: Dawn of the Samuraitrás uma história que tem como pano de fundo o Japão no início de sua era feudal.

Uma guerra sangrenta entre dois clãs samurai assola o país. Ao seu término um deles sobressai-se vitorioso, porém o fim do conflito teria sido apenas o início do pesadelo. O lado vencedor - a casa Henshin - instaura um violento regime de tirania sobre o povo japonês. Não obstante, o líder de Henshin, o ganancioso Kyomori Taira, passa a revirar o país em busca das Amahagane - pedras sagradas com poderes místicos lendários. Taira já controlava uma boa parte destas pedras, mas sabe da existência de mais delas e põe seus homens em busca das preciosas Amahagane. Estes homens são liderados por Kagekyo Taira, um poderoso guerreiro que foi um dos principais responsáveis pela vitória de Henshin na guerra e que utiliza-se do poder de suaAmahagane para conquistar e destruir o que quer que oponha-se ao seu caminho.

 

Paralelo à tudo isto, em uma morada oculta nas montanhas, um jovem prepara-se para partir. Yoshitsune, um jovem samurai com forte espírito de justiça, empunha suas duas katanas determinado a seguir em jornada para pôr fim às atrocidades deHenshin e vingar o assassinato de seu pai.

Mas em sua partida ele é surpreendido por um grupo de samurais, asseclas deHenshin. Eles estão atrás não do jovem, mas de um de seus pertences: uma brilhante esfera presa à um cordão em sua cintura. Vieram atrás de sua Amahagane.

 

Quando a ação começa você tem a impressão de estar controlando o primo japonês de Dante, de Devil may Cry. Os comandos fluem muito bem, a resposta é rápida e o sistema de combos é amistoso com os iniciantes. Não demora muito e você já terá disponível nas batalhas o poder de sua Amahagane. Ao ativa-lo, tudo torna-se mais lento e você pode eliminar seus inimigos com o Kamui - um golpe mortal dado apertando-se quadrado momentos antes do ataque inimigo (um ícone do botão aparecerá no momento exato, lembrando God of War),

A câmera, no entanto, pode ser a única dor de cabeça. Sendo fixa, por vezes ela atrapalha na movimentação pelo ambiente - principalmente quando, no meio da batalha, você passa de um cenário para outro. Porém ela não chega a ser um inimigo para a jogabilidade.

 

Mais tarde no jogo, Yoshitsune irá encontrar outro personagem jogável - Benkei - um enorme guerreiro monge que luta com um bastão gigantesco (quase do seu próprio tamanho) ao invés de usar uma espada. Jogar com ele é uma experiência bem diferente, uma vez que Yoshitsune é veloz e ele é bastante lento, porém muito mais forte que seu amigo samurai.

 

Partindo para outros setores você não encontrará nada além de conforto para olhos e ouvidos.

A parte gráfica é muito bonita, com cenários ricos em detalhes, e alguns deles, com movimentos. Casas, colinas, montanhas e cerejeiras - MUITAS cerejeiras - dão uma bela mostra da beleza do Japão antigo, seja nas neves do inverno ou nas cores da primavera. Os gráficos dos personagens também são muito bem trabalhados, com muitos movimentos e bocas que se movem conforme as palavras ditas (sem cabeças balançando como Power Rangers quando conversam). Quando se adquire uma nova arma ou armadura, esta também modifica o visual do personagem quando equipada.

Tudo isso é embalado por músicas tradicionais japonesas e belos efeitos sonoros - é perfeitamente possível deixar-se parado em certos pontos apenas relaxando ao som da música e dos efeitos sonoros da natureza, além é claro, do belíssimo visual.

 

Por fim, um pouco da mecânica. Você tem em mãos um action game dos mais sangrentos (desmembramentos são recorrentes, jorros de sangue uma constante), mas também contando com alguns elementos de RPG. Você deve estar sempre atento e procurando por todo o cenário as preciosas Essências de Amahagane, com as quais você pode aumentar cada um de seus três atributos: Health (pontos de vida), Attack  (dano causado) e Defence (dano absorvido). Cada um destes possui uma espécie de "Mandala" com três espaços, nos quais você deverá inserir as Essências de Amahagane adquiridas. Três Essências garantem um nível extra no atributo desejado. Se não conseguir fortalecer seu personagem ao máximo na primeira vez que jogar até o fim (o que, de fato, é impossível), não se preocupe - o game lhe dá a oportunidade de jogar em quantos "Clear Games" quiser. Existem inclusive ítens especiais os quais só podem ser adquiridos quando se joga pela segunda vez, aumentando assim o fator "replay".

 

Finalizando: Genji: Dawn of the Samurai - infelizmente obscuro para muitos aqui no Brasil - é um prato maravilhosamente cheio para apreciadores de um bom game de ação e cultura japonesa. Com certeza vale mais uma viagem através do velho e bom Japão, dissecando samurais com suas espadas - mas sempre com muito estilo.

 

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Acredite: não minto em nenhuma parte desta resenha. Se você não acredita em algo, procure por vídeos do game no YouTube - e se tiver esta oportunidade, não deixe de empunhar o joystick e saltar de cabeça na ação deste game épico!

 

== 5 Estrelas ==

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